Parte 1
Hans Christian Andersen (1805-1875) escritor dinamarquês, de origem humilde, filho de um sapateiro. Em 1819 instala-se em Copenhaga, onde, graças à ajuda de generosos protectores, estuda canto e dança. Mas, na realidade, a sua formação é autodidacta, nutrida por abundantes leituras. A partir de 1833 começa a publicar obras dramáticas, diários, apontamentos de viagens e alguns romances.
Parte 2
Mas a obra que o torna célebre em todo o mundo é "Contos", traduzidos para uma infinidade de idiomas. Publica os primeiros em 1835-37, e continua a escrever e a publicar até chegar, em 1872, a um total de 156 contos.
Hans Christian Andersen esteve em Sintra de 26 de Julho a 8 de Agosto, de 1866, permanecendo em casa da família O'Neill, hoje pertença de Germana Tanger. Uma casa de campo, enorme, com muitas divisões, um largo terraço, um jardim suspenso e envidraçado e um minúsculo quintal com figueiras e limoeiros.
Durante a sua estadia em Sintra, Andersen pôde visitar o Ramalhão, a Quinta do Relógio, o Palácio da Vila e o da Pena, o Convento dos Capuchos, o Palácio e o Parque de Monserrate, Seteais, a Serra, o Paço dos Ribafrias, a Quinta de Penha Verde e a Igreja de Santa Maria de Sintra.
Em Sintra
Hans Christian Andersen: uma curta estadia em SintraVamos conhecer Santa Maria, pequeno lugar construído entre rochas e verdura e onde ficou hospedado, na casa de José O’Neill, Hans Christian Andersen, durante a sua permanência em Sintra.
Todo o caminho da Serra é um jardim, onde a natureza e a arte se combinam, sendo o mais belo passeio que se pode imaginar.
No cimo da Serra, o autor ficou pasmado com a paisagem que daí se avista: na direcção de Lisboa vêem-se os montes para lá do Tejo, para poente avista-se o Oceano e para norte o Convento de Mafra.
Da Quinta de José O’Neill, Andersen podia ver a estrada para Sintra, onde o velho Palácio parecia, ao nosso ilustre visitante, um “convento com pequenos anexos.” e as chaminés do Palácio comparava-as a “duas garrafas de champanhe acopladas.
O Palácio Pombal, edifício meio mourisco com seus terraços ajardinados, onde visitou o Conde de Almeida.
Casualmente, encontrou Edward Lytton, poeta e que passava o Verão em Sintra com a esposa. Com eles visitou o palácio de Monte Cristo, a Quinta do Vice- Rei da Índia (Quinta da Penha Verde), o Palácio de Monserrate do rico inglês Cook.
Passaram pelo palacete de “Monte Cristo” (Quinta do Relógio).
Na volta demora o seu olhar na queda de água e naquele palacete de estilo rococó, (Seteais) construção concluída no tempo do Marquês da Fronteira.
O Palácio da Pena “Diferente, mais belo e pitoresco, o palácio de Verão de D. Fernando eleva-se no alto, dominando toda a região”.
“O dia da partida aproximava-se. Custou-me separar-me do meu caro e generoso amigo José e de toda a beleza de Sintra. Em vertiginosa corrida, com o vento a assobiar, regressámos à «Quinta do Pinheiro» (Lisboa)".
[roteiro comemorativo do bicentenário do nascimento de Andersen]